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O maior problema da tua empresa pode estar no espelho!

Sabes aquele momento em que te queixas de que a equipa não tem iniciativa, os resultados não aparecem, os clientes andam mais exigentes do que nunca e os dias parecem curtos demais para tanta coisa? Pois bem. Talvez estejas a procurar as respostas no sítio errado. 

Muitas vezes, o maior problema da tua empresa não está nos colaboradores, no mercado, nos concorrentes ou no governo. Está no espelho. 


A verdade dói. Mas liberta. 

Já acompanhei centenas de empresários e empresárias em Portugal. Uns com 3 pessoas na equipa. Outros com 30. Alguns com faturação de seis dígitos. Outros com mais de sete. E a verdade é que, independentemente do tamanho do negócio, há um padrão que se repete: 


 O maior travão de crescimento das empresas é o próprio dono. 

 

Não estou a dizer que és incompetente. Pelo contrário. Foste tu que criaste a empresa. Tens mérito. Tens garra. Tens visão. Mas também tens vícios de gestão, pontos cegos e uma agenda que, muitas vezes, não corresponde às verdadeiras prioridades da empresa. 

O problema é que ninguém te diz isto. A maioria dos teus amigos não percebe o teu dia a dia. A tua equipa não tem espaço para te confrontar. E tu estás sempre ocupado demais para parar e pensar com profundidade. 


Queres exemplos? 

  1. A tua equipa não decide sozinha? Talvez sejas tu quem centraliza tudo, mesmo que inconscientemente. 

  2. As vendas estão estagnadas? Talvez sejas tu que evitas fazer mudanças reais na proposta de valor ou no departamento comercial. 

  3. Tens dificuldade em delegar? Talvez ainda aches que ninguém faz as coisas “como tu fazes”. 

  4. Não consegues crescer mais? Talvez estejas preso num modelo que já não serve para a próxima fase do negócio. 

  5. Sentes que és o bombeiro da empresa? Talvez estejas a alimentar um sistema onde tudo passa por ti. 

 

A armadilha do “empresário herói” 

Há uma fase em que o teu papel é mesmo o de estar em todo o lado. Mas se passaste da fase da sobrevivência e continuas com o mesmo comportamento, então já não estás a ajudar: estás a travar! 

O “empresário herói” até pode ser admirado. Mas o negócio nunca será verdadeiramente saudável. Porque depende em demasia de uma só pessoa. E se dependem de ti para tudo… então é porque ainda não construíste uma empresa de verdade. Construíste uma extensão de ti próprio

 

E… como é que se muda isso? 

Começa por olhar o espelho. A sério. Mas não é para ajeitar o cabelo ou disfarçar as olheiras. É para fazer perguntas desconfortáveis, como estas: 

  • Que decisões tenho adiado por medo? 

  • Que tarefas faço por hábito, mas que já devia ter delegado? 

  • Que crenças minhas estão a limitar a evolução da empresa? 

  • O que é que me custa ouvir dos outros,  mas no fundo sei que é verdade? 

 

E não tentes fazer este exercício sozinho. Sozinho, ouves o que queres. A verdadeira transformação acontece quando estás rodeado de outras pessoas que também estão no campo de batalha, mas te obrigam a ver o jogo de forma diferente. 

 

Quando decidi trazer a The Alternative Board para Portugal, foi por isso mesmo. 

Vi demasiados empresários brilhantes presos nas suas próprias rotinas. Gente cheia de potencial, mas sem tempo, sem estrutura e sem perspetiva. 

Hoje, nos nossos boards, sentamos donos de negócio à mesa para conversas de verdade. Sem filtros. Sem vaidades. Com uma única regra: deixamos o ego à porta e entramos com humildade. 

E é impressionante o que acontece quando um empresário ouve de outro: “Tu és o gargalo do teu negócio.” E em vez de se ofender… agradece. Porque finalmente entende o que precisa de mudar. 


Não é fácil. Mas é libertador. 

Olhar para o espelho e assumir que o problema está em nós é duro. Mas é aí que começa a verdadeira liderança. 

Não lideras só quando tomas decisões. Lideras quando assumes responsabilidade pelo que não está a correr bem. Lideras quando tens coragem de mudar antes de exigir que os outros mudem. 

E lideras, de verdade, quando decides crescer como pessoa, para que o teu negócio também possa crescer. 

 

De empresário a estratégia 

Se queres que a tua empresa funcione sem que tenhas que carregar tudo às costas, há um passo inevitável: Sair do modo “faz tudo” e entrar no papel de estratégia. 

Isso implica confiar, delegar, organizar, formar, deixar espaço para que a equipa também cresça, e aceitar que, no início, vão cometer erros. Mas faz parte. 

Implica também parar de apagar fogos e começar a construir sistemas. Parar de viver no curto prazo e começar a desenhar o futuro. Parar de olhar para fora e começar a olhar para dentro. 


O espelho não mente. 

Na próxima vez que te sentires bloqueado, sobrecarregado ou sem rumo, não culpes os outros. Vai até ao espelho. Respira fundo. E pergunta: “O que é que eu ainda não quero ver?” 

A resposta pode ser dura. Mas é aí que começa a liberdade. 

 

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