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O momento em que percebi que um negócio sem plano é como conduzir de noite com os faróis apagados

Há dias em que olho para empresários e revejo uma versão antiga de mim: cheia de ideias, cheia de vontade, cheia de pressa e sem um plano. E digo isto sem julgamento. A verdade é que quase ninguém começa um negócio com um Business Plan sólido. Começa-se com coragem, com improviso, com aquela energia inicial que ilumina tudo… até deixar de iluminar. 


Lembro-me de um empresário que me procurou quase a rastejar emocionalmente. Tinha clientes, tinha movimento, tinha faturação. Mas vivia com aquela sensação amarga de que o negócio estava a conduzi-lo, e não o contrário. Quando lhe perguntei qual era o plano para os próximos 12 meses, respirou fundo e disse: “Rita… se eu conseguir chegar ao próximo trimestre já fico feliz.” 


Foi ali que percebi que havia mais medo do que estratégia. 


Começámos a trabalhar no Business Plan juntos e a transformação nunca é apenas numérica. Há sempre um momento em que a pessoa olha para o papel e finalmente vê o negócio todo pela primeira vez. Não é só ver produtos, contas e projeções. É ver sentido. É ver direção. É ver o possível. 


Mapeámos clientes, margens, prioridades, métricas, projeções e, sobretudo, escolhas. Porque um Business Plan é isso: uma ferramenta que te obriga a escolher. O que parar, o que acelerar, o que abandonar, o que duplicar. 


Meses depois, ele voltou ao meu escritório com outro ar. Não era uma mudança de humor; era uma mudança de postura. “Agora sei para onde vou”, disse. E eu adoro testemunhar esse renascimento estratégico. 


Criar um Business Plan não te promete magia. Promete algo melhor: clareza. E com clareza, cresces mais depressa, falhas menos e decides melhor. 


Se sentes que estás a conduzir de noite com os faróis apagados, talvez não precises de mais esforço. Precisas de um plano. 

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